Alerj aprova polêmica bonificação para policiais por ‘neutralização’ de criminosos

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) reacendeu o debate sobre a letalidade policial ao aprovar, nesta terça-feira (23), um projeto que institui o pagamento de uma bonificação a policiais que “neutralizarem” criminosos em serviço. A medida, que remete a antigas práticas controversas, levanta questões éticas e de direitos humanos, além de reacender o temor de aumento da violência policial.

O projeto, ainda sem detalhes divulgados sobre os critérios exatos de “neutralização”, revive uma discussão complexa sobre os limites da atuação policial e o risco de execuções extrajudiciais. Críticos da proposta argumentam que a bonificação pode incentivar o uso excessivo da força, colocando em risco a vida de civis inocentes em áreas de conflito.

“Estamos preocupados com o impacto dessa medida na segurança pública e nos direitos fundamentais da população”, declarou um representante de uma ONG de direitos humanos que acompanha o caso de perto. A aprovação na Alerj, portanto, deve gerar novas manifestações e debates acalorados sobre a política de segurança no estado.

Em contrapartida, defensores da medida argumentam que a bonificação visa reconhecer e valorizar o trabalho dos policiais que arriscam suas vidas no combate ao crime. Afirmam que a iniciativa pode aumentar a eficiência das operações e reduzir a criminalidade, proporcionando mais segurança para a população do Rio de Janeiro.

O projeto agora segue para a sanção do governador, que terá a palavra final sobre a implementação da polêmica bonificação. A decisão final promete reacender ainda mais o debate e polarizar opiniões na sociedade fluminense.