A modernização das concessões de rodovias no Paraná avança, mas o sucesso desse novo modelo depende da participação ativa da sociedade na fiscalização dos contratos. Um dos principais pontos de atenção é a grande diferença nas tarifas por quilômetro entre os lotes.
Segundo a Fiep, o lote 6 — que atende regiões do Oeste e Sudoeste — pode ter tarifas até 79% mais caras que as do lote 1. Nos lotes 3 e 4, que passam por Apucarana e região, os valores podem ficar 8% e 32% mais altos, respectivamente. Já no lote 2, que abrange o Norte Pioneiro e o trecho Curitiba–Paranaguá, a tarifa pode ser 36% superior. Além disso, o modelo prevê um degrau tarifário que pode elevar os preços em até 40% após a conclusão das duplicações.
Essas diferenças podem impactar a competitividade da indústria e aprofundar desigualdades regionais, especialmente em áreas já prejudicadas no modelo anterior, quando obras foram retiradas e os custos logísticos aumentaram.
Para reforçar a transparência, a Fiep lançou o Observatório dos Pedágios, uma plataforma digital que permite ao público acompanhar de perto a execução dos contratos. A ferramenta traz mapas, cronogramas, documentos, imagens de satélite e recursos de inteligência artificial para facilitar o acesso às informações.
Qualquer pessoa pode consultar o andamento das obras e fiscalizar as concessões acessando: observatoriodospedagios.org.br.



