Em um encontro bilateral na Coreia do Sul, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping sinalizaram um possível alívio na prolongada disputa comercial entre Estados Unidos e China. O diálogo, o primeiro presencial entre os líderes em seis anos, resultou em promessas de Washington para reduzir tarifas e de Pequim para manter o fornecimento de terras raras, insumos cruciais para diversas indústrias.
Trump classificou o encontro como um “grande sucesso”, enquanto Xi Jinping destacou o alcance de um “consenso importante” para resolver as divergências econômicas que têm impactado os mercados globais. “Acredito que foi uma reunião incrível”, afirmou Trump, elogiando Xi como um “tremendo líder de um país muito poderoso”.
Como parte do acordo, a China se comprometeu a aumentar significativamente a compra de soja e outros produtos agrícolas dos EUA, o que pode impactar as exportações de países como Brasil e Argentina, que se beneficiaram da disputa comercial. Além disso, ficou estabelecido um acordo de um ano para garantir o fornecimento de terras raras pela China, crucial para setores de defesa e tecnologia.
O Ministério do Comércio chinês confirmou a suspensão de algumas restrições às exportações, incluindo as de terras raras. Trump também mencionou que Xi concordou em intensificar os esforços para conter o fluxo do opioide fentanil, substância que Washington acusa China e México de serem cúmplices no comércio ilegal. “Impus uma tarifa de 20% à China devido à entrada de fentanil… E, com base em suas declarações de hoje, vou reduzi-la para 10%”, declarou Trump.
Antes da reunião, que durou cerca de uma hora e quarenta minutos, Xi Jinping expressou o desejo de que os dois países se tornem “parceiros e amigos”. Durante o encontro, ambos os presidentes estavam acompanhados por altos funcionários, incluindo o Secretário de Estado americano e o chefe da diplomacia chinesa. Paralelamente, Trump surpreendeu ao anunciar planos para retomar testes de armas nucleares, enfatizando que, embora a China ocupe um “distante terceiro lugar” em arsenais nucleares, ela pode alcançar os níveis dos EUA e da Rússia em cinco anos.



