As tensões na fronteira entre Israel e Líbano escalaram após o Exército israelense acusar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) de derrubar um de seus drones de inteligência. O porta-voz militar israelense, Tenente-Coronel Nadav Shoshani, expressou a gravidade da situação através da rede social X, afirmando que “uma investigação inicial sugere que as forças da FINUL dispararam deliberadamente contra o drone e o derrubaram”, ressaltando que o aparelho não representava ameaça.
Em resposta à alegação israelense, a FINUL divulgou um comunicado no domingo, apresentando uma versão diferente dos eventos. Segundo a força de paz, “um drone israelense sobrevoou de forma agressiva uma de (suas) patrulhas”, o que levou os capacetes azuis a tomarem medidas para “neutralizá-lo”. A FINUL, presente na região desde 1978 para garantir uma zona de segurança, alega que suas ações foram uma resposta a uma provocação.
As trocas de acusações não pararam por aí. A FINUL relatou que, após o incidente com o drone, “um drone israelense” se aproximou de uma patrulha perto da fronteiriça Kfar Kila e “lançou uma granada”. A situação se agravou ainda mais, com a missão da ONU alegando que “pouco depois, um tanque israelense disparou contra os capacetes azuis”. Felizmente, não houve relatos de vítimas, mas o incidente eleva a preocupação sobre a escalada da violência na região.
Até o momento, não houve uma declaração oficial da ONU sobre as alegações de Israel ou sobre o incidente envolvendo o disparo contra seus capacetes azuis. A situação permanece tensa e sob investigação, com potencial para desestabilizar ainda mais a já frágil paz na fronteira entre Israel e Líbano.
O incidente levanta questões sobre as regras de engajamento da FINUL e a liberdade de operação dos drones israelenses na região. A necessidade de uma investigação completa e transparente é crucial para evitar futuras escaladas e garantir a segurança de ambas as partes.



