Rio busca cerco financeiro ao Comando Vermelho com apoio dos EUA

O Governo do Rio de Janeiro intensifica a ofensiva contra o Comando Vermelho, buscando estrangular as finanças da organização criminosa. Em uma medida estratégica, o estado solicitou formalmente aos Estados Unidos a inclusão da facção na lista de Specially Designated Nationals (SDN) do OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros). O objetivo é isolar economicamente a cúpula do grupo.

A inclusão na lista SDN teria um impacto significativo. Os principais líderes do Comando Vermelho poderiam ter seus bens, contas e ativos bloqueados em território estrangeiro. Essa ação visa dificultar as operações de lavagem de dinheiro e mapear as conexões internacionais do tráfico de drogas, desmantelando a rede de apoio financeiro da organização.

De acordo com o documento enviado pelo Governo do Rio, obtido com exclusividade pelo portal Metrópoles, o reconhecimento formal do Comando Vermelho como organização transnacional representaria um marco na segurança hemisférica. “O reconhecimento formal do Comando Vermelho como organização terrorista e/ou transnacional, de acordo com as normas dos EUA, representaria um divisor de águas na segurança hemisférica”, afirma o documento.

A lista SDN é um instrumento poderoso do governo americano. Ela engloba indivíduos e entidades, de diversas nacionalidades, que têm seus bens e transações financeiras embargadas nos Estados Unidos. Essa medida extrema é utilizada para combater o financiamento de atividades ilícitas e grupos que representam ameaças à segurança nacional.

Curiosamente, a lista SDN já incluiu o nome do ministro do STF, Alexandre de Moraes, sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e o Instituto LEX, ligado à família. Eles foram alvos de sanções por supostos abusos de direitos humanos. A amplitude da lista demonstra o alcance e a complexidade das relações internacionais no combate ao crime e na defesa dos interesses nacionais.