Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, utilizou suas redes sociais para expressar forte desaprovação ao encontro entre líderes evangélicos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido na quinta-feira (17). A reação veio após o bispo Samuel Ferreira, figura proeminente da Assembleia de Deus do Brás e da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, reunir-se com o chefe do Executivo. A crítica de Michelle centrou-se nos momentos de oração que marcaram a reunião.
Através de um story no Instagram, Michelle compartilhou imagens do encontro, acompanhadas de trechos bíblicos específicos: Apocalipse 22.11, Números 24.9 e Mateus 6.24. A escolha dos versículos sugere uma crítica indireta à postura dos líderes religiosos que se encontraram com Lula. A postagem rapidamente gerou debates e interpretações nas redes sociais.
Além de Samuel Ferreira, o encontro contou com a presença de outras figuras importantes, como o bispo Primaz Manoel Ferreira, o deputado federal Cezinha de Madureira e Jorge Messias, advogado-geral da União e potencial candidato à vaga de Luís Roberto Barroso no STF. A reunião demonstra uma tentativa de diálogo entre o governo e o segmento evangélico.
A ex-primeira-dama pareceu interpretar os versículos como um alerta. O trecho de Apocalipse, que distingue entre “justos” e “injustos”, é visto como uma alusão à polarização política entre direita e esquerda. Já a passagem de Números, que fala sobre bênçãos e maldições, sugere uma advertência sobre as consequências de apoiar adversários políticos.
Finalmente, a citação de Mateus, que afirma que “ninguém pode servir a dois senhores”, reforça a ideia de que não há espaço para neutralidade ou conciliação. Michelle Bolsonaro pareceu deixar claro que, para ela, aliar-se a Lula seria incompatível com a fé e os princípios que defende. O caso reacende o debate sobre a relação entre religião e política no Brasil.



