O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (4), durante o Bloomberg Green Summit, em São Paulo, que o Brasil deve encerrar o governo Lula de forma “tranquila” do ponto de vista econômico. Segundo ele, o país vem consolidando avanços como a reforma tributária, a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e a taxa de desemprego em nível historicamente baixo.
Haddad destacou que o Brasil registrou o maior número de leilões de infraestrutura na B3 em décadas, reflexo das reformas estruturais recentes. Sobre a reforma tributária, o ministro afirmou que a mudança no modelo de impostos pode elevar o PIB em até 12% no cenário mais conservador e 20% no mais otimista. Ele também citou a próxima etapa da reforma, que amplia a isenção do IR para R$ 5 mil, projeto que deve ser votado pelo Senado ainda hoje.
“A desigualdade impede o crescimento. Não há desenvolvimento sustentável com desigualdade”, disse.
O ministro afirmou que o governo deve entregar o melhor resultado fiscal desde 2015, com inflação e desemprego em queda e maior crescimento desde 2010. Reforçou ainda o compromisso com o déficit zero em 2025 e o superávit de 0,25% do PIB em 2026, negando qualquer mudança nas metas fiscais.
Haddad também defendeu a redução dos juros, afirmando que o atual nível é insustentável.
“Não tem como manter 10% de juro real com inflação de 4,5%. Elas vão ter que cair”, afirmou.
Por fim, o ministro destacou as vantagens do Brasil na transição energética, citando a tradição em biocombustíveis e o projeto do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, apoiado pelo Banco Mundial.
“Preservar florestas é bom para todos e tem um custo muito baixo diante dos benefícios”, concluiu.



