Divulgação de Fichas Criminais de Vítimas em Icaraíma Gera Polêmica e Indignação

A divulgação dos antecedentes criminais dos quatro homens assassinados em Icaraíma, no noroeste do Paraná, pela Polícia Civil, provocou forte reação da defesa de três das vítimas. A atitude da polícia é vista como desrespeitosa e levanta questionamentos sobre a ética na divulgação de informações sobre pessoas falecidas.

De acordo com a advogada que representa as famílias, a exposição das fichas criminais, nesse momento de luto e dor, serve apenas para macular a imagem das vítimas e não contribui para a elucidação do caso. Ela questiona a necessidade de tornar públicos dados sensíveis que, em sua opinião, não justificam a forma como foram divulgados.

“Acreditamos que a divulgação dos antecedentes criminais não contribui para a investigação e apenas prejudica a imagem das vítimas e de suas famílias”, declarou a advogada, que prefere não ter o nome divulgado para evitar maiores exposições. A defesa alega que a prioridade deveria ser a investigação rigorosa para identificar e punir os responsáveis pelo crime brutal.

A Polícia Civil do Paraná ainda não se manifestou sobre as críticas. A divulgação das fichas criminais, no entanto, reacende o debate sobre o direito à privacidade e o limite da divulgação de informações, mesmo após a morte, especialmente em casos de grande repercussão como este.