Brasil Apresenta o TFFF: O Plano Ambicioso para Financiar a Preservação de Florestas Tropicais na COP30

À medida que a COP30 se aproxima, o Brasil se prepara para apresentar uma iniciativa ousada no cenário global: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Este projeto ambicioso visa mobilizar recursos significativos para a proteção de ecossistemas cruciais, como a Amazônia, e impulsionar o protagonismo brasileiro nas negociações climáticas.

O lançamento do TFFF já demonstra seu potencial. Em seu primeiro dia, o fundo captou mais de R$ 5,5 bilhões, ultrapassando a metade da meta inicial de R$ 10 bilhões, conforme anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esse montante inicial sinaliza o interesse crescente de investidores e governos em apoiar a preservação florestal.

O objetivo final do TFFF é ambicioso: arrecadar US$ 125 bilhões, provenientes de governos e investidores privados. O plano é recompensar financeiramente os países que demonstrarem compromisso com a manutenção de suas florestas. O TFFF busca mobilizar cerca de US$ 4 bilhões anualmente, consolidando-se como uma das principais iniciativas brasileiras nas discussões climáticas globais.

A COP30, que será realizada em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro, servirá como palco para o Brasil demonstrar a viabilidade e o impacto potencial do TFFF. O desempenho do fundo será um indicador crucial do papel de liderança que o Brasil busca assumir nas negociações ambientais internacionais. Como ressaltou o Presidente Lula, “a preservação das florestas é fundamental no combate às mudanças climáticas”, e o TFFF representa um passo importante nessa direção.

O TFFF propõe um modelo inovador de financiamento para a conservação. O capital arrecadado será reinvestido em projetos com retornos financeiros, e a diferença entre os ganhos e os pagamentos aos investidores será destinada a remunerar os países que comprovarem a preservação de suas florestas tropicais. Para receber os recursos, os países precisarão demonstrar, através de monitoramento via satélite, que o desmatamento se manteve abaixo de 0,5% ao ano, garantindo a efetividade das ações de conservação.