O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma série de reuniões de emergência para esta segunda-feira (3), no Rio de Janeiro. O objetivo é discutir e buscar soluções para a crise desencadeada pela recente Operação Contenção, que resultou em mais de 120 mortes na capital fluminense. A ação policial tem gerado grande controvérsia e preocupação em relação à letalidade policial e aos direitos humanos.
A agenda do ministro inclui encontros com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o prefeito Eduardo Paes, além de representantes do Tribunal de Justiça, da Procuradoria-Geral de Justiça e da Defensoria Pública do estado. O primeiro compromisso será com o governador Castro, às 11h, que deverá apresentar os 18 esclarecimentos solicitados por Moraes sobre a operação. A expectativa é que o governador detalhe os protocolos utilizados e as justificativas para o alto número de fatalidades.
Moraes, que atua como relator temporário da ADPF das Favelas, ação que busca reduzir a letalidade policial no Rio, tem intensificado sua atuação no caso. “O ministro foi escolhido para tomar decisões urgentes envolvendo o processo, diante da ausência de um relator para o caso”, informou a assessoria do STF. A ADPF das Favelas já determinou medidas para combater a violência policial na capital.
Além do encontro com o governador, Moraes se reunirá com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Ricardo Couto de Castro, às 13h30, seguido pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, às 15h. O defensor público-geral do estado será o próximo, às 16h30. Finalizando a agenda, o ministro se encontrará com o prefeito Eduardo Paes às 18h, buscando alinhar ações entre as esferas estadual e municipal.
A série de reuniões sinaliza a preocupação do STF com a situação no Rio de Janeiro e a busca por medidas concretas para evitar novas tragédias. A expectativa é que, ao final dos encontros, sejam anunciadas novas diretrizes e ações para a segurança pública no estado, com foco na redução da letalidade policial e na proteção dos direitos dos cidadãos.
