A National Football League (NFL) reafirmou seu compromisso com a diversidade e a inclusão ao anunciar que manterá Bad Bunny como atração principal do show do intervalo do Super Bowl 60, marcado para fevereiro de 2026 no Levi’s Stadium, casa do San Francisco 49ers. A decisão da liga vem após críticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus apoiadores, que questionaram a escolha do artista porto-riquenho.
O comissário da NFL, Roger Goodell, abordou a polêmica durante uma coletiva de imprensa realizada após a reunião de outono da liga. “É tudo muito bem pensado. Não tenho certeza se já selecionamos um artista sem sofrer críticas ou reações negativas. É bem difícil fazer isso quando se tem centenas de milhões de pessoas assistindo”, declarou Goodell, enfatizando a complexidade de agradar a todos em um evento de tamanha magnitude.
A escolha de Bad Bunny, cujo nome artístico é Benito Antonio Martínez Ocasio, coincide com a crescente expansão da NFL na América Latina. O artista, de 31 anos, consolidou-se como um dos maiores nomes da música global, combinando elementos do pop, reggaeton e outros ritmos latinos, além de ostentar mais de 80 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
“Ele é um dos artistas mais importantes e populares do mundo. É isso que tentamos alcançar. É um palco importante para nós. É um elemento essencial para o valor do entretenimento”, justificou Goodell. Bad Bunny, conhecido por suas apresentações em espanhol, chegou a brincar sobre o tema no programa de comédia americano “Saturday Night Live”, dizendo: “Vocês têm quatro meses para aprender espanhol”.
As críticas de Trump, no entanto, parecem estar ligadas à mensagem de Bad Bunny, que frequentemente valoriza a cultura latina em um momento de crescente tensão em relação à imigração nos Estados Unidos. O artista já se manifestou contra as políticas de imigração do governo Trump, e até excluiu os EUA de uma de suas turnês, citando preocupações com as ações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE).
Além disso, Bad Bunny expressou abertamente seu apoio à democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024 e criticou comentários depreciativos sobre Porto Rico. A NFL, ao manter Bad Bunny no Super Bowl, parece sinalizar um compromisso com a diversidade e a inclusão, mesmo diante de controvérsias políticas e críticas públicas.



