Um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que o crescimento econômico, especialmente em países emergentes, é o principal responsável pelo aumento das emissões globais de gases do efeito estufa. O estudo, denominado “Observatório da Ação Climática” de 2025, aponta para uma tendência preocupante que põe em risco os esforços globais para mitigar as mudanças climáticas.
O relatório destaca que, embora alguns países, incluindo o Brasil, Indonésia e África do Sul, tenham apresentado leves reduções em suas emissões, o crescimento contínuo em grandes economias emergentes como China, Índia e Arábia Saudita está impulsionando o aumento geral das emissões mundiais. A OCDE enfatiza que a redução das emissões é crucial para combater o aquecimento global e evitar perturbações significativas na biodiversidade, nos ciclos da água e no aumento de desastres naturais.
“O crescimento econômico é o motor das emissões nos países parceiros da OCDE”, afirma o relatório, ressaltando que o aumento populacional e o forte crescimento econômico nesses países superam os ganhos obtidos com a eficiência energética. De acordo com os cálculos da OCDE, entre 2015 e 2023, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi o fator isolado que mais contribuiu para o aumento das emissões nesses países, respondendo por 29,5% do aumento total, superando o crescimento populacional.
A OCDE também chama a atenção para “um ressurgimento da energia térmica a partir do carvão”, mesmo diante do “aumento recorde de energias renováveis”. Em contraste, os países membros da OCDE, com economias industrializadas mais antigas, conseguiram reduzir suas emissões em 11,3% entre 2015 e 2023, através da melhoria da eficiência energética e do uso de fontes de energia mais limpas, mantendo o crescimento econômico e demográfico.
O relatório da OCDE serve como um alerta urgente sobre a necessidade de estratégias mais eficazes para desacoplar o crescimento econômico das emissões de gases de efeito estufa. É imperativo que os países emergentes adotem políticas ambiciosas de transição energética e invistam em tecnologias limpas para garantir um futuro sustentável para o planeta.



