O mercado financeiro brasileiro celebrou um marco histórico nesta segunda-feira, com o Ibovespa superando os 150 mil pontos pela primeira vez. O índice encerrou o pregão em alta de 0,61%, atingindo 150.454,24 pontos, impulsionado pelo otimismo global e expectativas em relação à política monetária nacional. Paralelamente, o dólar registrou uma queda consistente, acompanhando a valorização das moedas latino-americanas.
A moeda americana à vista fechou em R$ 5,3574, com recuo de 0,43%, após tocar a mínima de R$ 5,3455. Esse movimento reflete, em parte, a expectativa de entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira, que tem se mostrado atraente aos investidores. Apesar da alta em outubro, o dólar acumula uma queda de 13,31% em 2025, consolidando o real como a moeda de melhor desempenho na região.
O mercado aguarda com expectativa a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira, com a projeção majoritária apontando para a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. A atenção, no entanto, se volta para o comunicado do Banco Central, em busca de sinais sobre um possível ciclo de cortes na taxa básica de juros. Conforme Nicolas Gass, head de alocação da GT Capital, “o mercado vai olhar de perto o comunicado, ver se o Copom vai dar algum ‘spoiler'”.
A perspectiva de manutenção do diferencial entre juros internos e externos sustenta o chamado carry trade, aliviando a pressão sobre o real, mesmo com o aumento das remessas de fim de ano. A semana também será marcada pela divulgação de balanços corporativos importantes, como os de Itaú e Petrobras, que deverão influenciar o desempenho da bolsa nos próximos pregões. Além disso, o Boletim Focus indicou uma leve queda na projeção para o IPCA de 2025, reforçando as expectativas de afrouxamento monetário ainda neste ano.
Além disso, dados econômicos positivos da China contribuíram para o cenário otimista, impulsionando os mercados globais e, consequentemente, o Ibovespa. Este conjunto de fatores, tanto internos quanto externos, colaborou para o dia histórico no mercado financeiro brasileiro, com a superação da marca dos 150 mil pontos e a valorização do real frente ao dólar.
								
															
               
               


