Em resposta a recentes declarações de autoridades militares europeias, o governo russo reiterou, nesta sexta-feira, que não tem intenção de atacar países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que Moscou está “cansada de repetir” essa informação, mas que continuará a fazê-lo sempre que necessário para dissipar quaisquer dúvidas ou receios.
Apesar da garantia de não agressão, a Rússia ressaltou que continuará a adotar medidas para garantir sua própria segurança. “Todas as medidas necessárias para garantir nossa segurança, diante da ampliação dos contingentes da aliança perto das fronteiras russas, já estão sendo tomadas”, afirmou a porta-voz, evidenciando a preocupação de Moscou com o aumento da presença militar da OTAN em regiões próximas.
Questionada sobre as relações com Washington, a porta-voz mencionou que Moscou percebe uma abertura do governo americano para retomar o diálogo, embora o processo não esteja avançando tão rapidamente quanto o desejado. Ela relembrou o encontro anterior entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca e a subsequente conversa telefônica, indicando que, apesar da ausência de novas conversas diretas, existe um entendimento sobre a importância de manter contatos regulares.
A diplomata russa reiterou a disponibilidade de Moscou em realizar uma segunda cúpula russo-americana em Budapeste, desde que o encontro seja baseado em resultados concretos e bem planejados a partir da reunião anterior no Alasca. A prioridade, segundo ela, é discutir a guerra na Ucrânia e outros temas da agenda bilateral.
“Da nossa parte, já estamos cansados de repetir, mas continuaremos dizendo sempre, que não temos planos de atacar países da OTAN”, concluiu a porta-voz, reforçando a posição oficial da Rússia em relação à aliança militar ocidental. A declaração busca atenuar as tensões em um momento de grande instabilidade geopolítica.



