Dois policiais militares são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos de carga nas rodovias do Paraná. O grupo criminoso foi alvo de uma operação da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (16), em Curitiba e na Região Metropolitana, que resultou na prisão de sete pessoas.
A ação contou com o apoio da Polícia Militar para o cumprimento de 17 ordens judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão, executados em endereços ligados aos investigados na capital e nos municípios de Piraquara, Pinhais e São José dos Pinhais. A Justiça também determinou o sequestro de três veículos e duas motocicletas.
De acordo com a Polícia Civil, um dos policiais militares investigados está na ativa e o outro integra a reserva da corporação. As identidades não foram divulgadas. Segundo a delegada Juliana Cordeiro, responsável pelo caso, o policial da ativa teria participado diretamente do assalto, juntamente com outros dois suspeitos já identificados.
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um processo administrativo para apurar a conduta dos agentes. Caso seja confirmado o envolvimento nos crimes, eles poderão ser expulsos da corporação.
A investigação teve início após o roubo de uma carga de cigarros avaliada em R$ 220 mil, ocorrido em setembro de 2024, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Durante as apurações, a polícia constatou que o motorista responsável pelo transporte da carga também fazia parte do esquema.
Além dele, foram identificados outros integrantes da quadrilha, incluindo os dois policiais militares, pessoas com antecedentes por crimes semelhantes, além dos responsáveis pelo fornecimento de armas e pela liderança do grupo criminoso.
Durante o cumprimento dos sete mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão, os policiais localizaram um verdadeiro arsenal em imóveis vinculados aos suspeitos. Foram apreendidas mais de 760 munições de diversos calibres, armas de fogo, rádios comunicadores, rastreadores e aparelhos celulares.
Os sete presos foram encaminhados ao sistema penitenciário. Um dos investigados não foi localizado e segue foragido.


