Os contratos de juros futuros negociados na B3 registraram um alívio no pregão desta terça-feira, revertendo parcialmente a alta observada na sessão anterior. O movimento foi impulsionado por dois fatores principais: a divulgação de dados de produção industrial aquém das expectativas e o recuo do dólar frente ao real.
A produção industrial brasileira apresentou um desempenho decepcionante, sinalizando um possível arrefecimento da atividade econômica. Analistas interpretam o dado como um indicativo de menor pressão inflacionária no horizonte, o que, por sua vez, diminui a urgência de um aperto monetário mais agressivo por parte do Banco Central.
“O mercado está reagindo aos sinais de desaceleração econômica, o que pode influenciar as próximas decisões do Copom”, comentou um operador de renda fixa de uma corretora paulista. A queda do dólar também contribuiu para o cenário mais favorável, atenuando as pressões inflacionárias vindas do exterior.
O movimento de queda nos juros futuros reflete, portanto, uma recalibragem das expectativas do mercado em relação à trajetória da política monetária. No entanto, a volatilidade permanece elevada, e os investidores seguem atentos aos próximos indicadores econômicos e às comunicações do Banco Central.



