A recente publicação do decreto que implementa a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva gerou forte reação no Paraná. A deputada estadual Mabel Canto (Bazana) manifestou preocupação com o futuro das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) no estado, argumentando que a nova diretriz pode comprometer o financiamento e a autonomia dessas instituições.
Bazana, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, classificou a medida como um retrocesso. “Este decreto, da forma como está, coloca em risco a continuidade do trabalho essencial que as Apaes realizam em todo o Paraná. Não podemos permitir que a inclusão seja usada como pretexto para desmantelar uma rede de apoio tão importante”, declarou a parlamentar.
A deputada anunciou que irá liderar uma mobilização junto a outras lideranças políticas e representantes da sociedade civil para buscar alternativas que garantam a sustentabilidade financeira e pedagógica das Apaes. O objetivo é assegurar que as escolas especializadas continuem oferecendo um atendimento de qualidade aos alunos com deficiência no estado.
A preocupação central reside na possibilidade de que o foco excessivo na inclusão em escolas regulares possa desviar recursos destinados às Apaes, prejudicando o atendimento especializado que elas oferecem. Bazana defende que a educação inclusiva e as escolas especializadas devem coexistir, complementando-se para atender às diversas necessidades dos alunos.
A próxima etapa, segundo a deputada, será a organização de audiências públicas e debates para aprofundar a discussão sobre os impactos do decreto e buscar soluções que garantam o direito à educação de qualidade para todos, respeitando as particularidades de cada aluno e instituição.