O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza acusou Israel de bombardear o Hospital Al Rantisi, o único hospital pediátrico especializado em funcionamento na Cidade de Gaza, na noite de quarta-feira. Segundo o ministério, os andares superiores do hospital foram atingidos em três ataques distintos, ocorrendo com poucos minutos de intervalo. A alegação agrava ainda mais a já precária situação do sistema de saúde na região.
Fontes locais informaram à Agência EFE que os ataques foram realizados por drones. No momento do incidente, o hospital abrigava 80 pacientes, dos quais 40 foram evacuados após o bombardeio. As autoridades de saúde de Gaza informaram que, apesar do ataque, 40 pacientes, acompanhantes, 12 pacientes em terapia intensiva e 30 membros da equipe médica permaneceram no local.
O Hospital Al Rantisi desempenha um papel crucial, oferecendo serviços de oncologia, diálise e tratamento para doenças respiratórias e digestivas, além de ser o último centro pediátrico especializado na capital. Antes da intensificação da ofensiva israelense, o hospital já operava com 210% de sua capacidade, demonstrando a sobrecarga imposta ao sistema de saúde local.
Diante da crescente crise humanitária, diversas entidades internacionais expressaram preocupação com a situação em Gaza. Uma comissão independente da ONU, relatores de direitos humanos e organizações internacionais têm qualificado a ofensiva militar israelense como genocídio. Estima-se que cerca de 65.000 pessoas, incluindo 19.000 menores, tenham perdido a vida desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, segundo as autoridades.
