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Via: Paiquerê
Na última semana, no dia 18 de Maio, foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Londrina, por conta da pandemia do novo coronavírus, as ações aconteceram de maneira remota com publicações de textos e vídeos referentes à temática. Todos os anos, como explicou a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Magali Batista de Almeida, é promovido o Ato Público de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, dentre outras ações, que têm como foco a prevenção da violência.
Dados do Sistema de Informação de Agravos (SINAM) mostram que, em 2019, dos 40.551 casos notificados de violência interpessoal/autoprovocada no Paraná, 44,01% (17.863) são casos envolvendo crianças e adolescentes.
No que se refere às notificações de violência sexual, os dados no estado são alarmantes: dos 4.326 registros no sistema, 76,9% (3.329) foram praticados contra crianças e adolescentes. Só nos primeiros meses deste ano, o Governo Federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes próximos das vítimas. Também em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.
Em entrevista à Paiquerê 91,7, a juíza da 6ª vara criminal de Londrina, Zilda Romero, afirmou que no município são muitos os casos de violência contra crianças.
“Infelizmente está havendo um aumento muito grande de violência contra as crianças. A maioria dos casos que chegam à Justiça são de abuso sexual, que acontece geralmente no seio da família. É uma porcentagem muito pequena quando a criança sofre o abuso por um desconhecido”
Denúncias de abuso e violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo número 125, do Conselho Tutelar de Londrina, que presta atendimento 24 horas, ou no disque 100, que é o número nacional. A identidade do denunciante é preservada.
