Venezuela Rejeita ‘Ameaças Colonialistas’ de Trump Sobre Espaço Aéreo

A tensão entre Venezuela e Estados Unidos escalou após declarações do ex-presidente Donald Trump sobre o espaço aéreo venezuelano. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, respondeu às falas de Trump, que alertou companhias aéreas sobre possíveis conflitos armados, classificando-as como uma “ameaça colonialista”. A reação do governo venezuelano demonstra a crescente animosidade entre os dois países.

Gil Pinto utilizou canais oficiais do ministério para denunciar o que chamou de “extravagante, ilegal e injustificada” ameaça. Ele acusou os Estados Unidos de tentar minar a soberania venezuelana, exercendo uma “jurisdição ilegítima” sobre seu espaço aéreo. A declaração reflete a preocupação da Venezuela com a crescente interferência externa em seus assuntos internos.

“Nenhuma autoridade fora do marco institucional venezuelano tem o poder de interferir, bloquear ou condicionar o uso do espaço aéreo nacional”, afirmou o comunicado oficial do governo venezuelano. Além disso, a Venezuela enfatizou que não aceitará ordens, ameaças ou interferência de qualquer potência estrangeira, reiterando seu direito à soberania. Essa postura firme busca reafirmar a autonomia do país diante das pressões externas.

A Venezuela também acusou Trump de ameaçar o uso da força, o que seria uma violação da Carta das Nações Unidas, especificamente o Artigo 1º, que preza pela manutenção da paz e segurança entre as nações. O governo venezuelano reafirmou que todo Estado tem soberania completa e exclusiva sobre seu espaço aéreo, defendendo sua integridade territorial contra qualquer forma de intervenção. O impasse sinaliza um período de incertezas nas relações bilaterais.