Zelensky na ONU: Paz global depende de poder militar e alianças fortes

Em um discurso contundente na Assembleia Geral da ONU, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky argumentou que a busca pela paz no cenário mundial contemporâneo está intrinsecamente ligada à capacidade militar de uma nação e à solidez de suas alianças. Segundo ele, a realidade impõe que, mesmo desejando a paz, um país precisa investir em armamentos.

Zelensky lamentou a persistência do conflito com a Rússia, reiterando que as negociações de cessar-fogo têm sido infrutíferas devido à recusa russa em ceder. Ele questionou o tempo em que cidadãos ucranianos permanecerão sob custódia russa. O presidente também mencionou a crescente preocupação com a segurança, citando incidentes como a invasão do espaço aéreo polonês por drones russos e a convocação do Conselho de Segurança pela Estônia após violações similares.

O líder ucraniano alertou para o avanço tecnológico no setor armamentista, que, segundo ele, supera a capacidade de defesa dos países. Ele enfatizou que o mundo enfrenta “a mais destrutiva guerra armamentista da história”, impulsionada pela inteligência artificial, e defendeu a necessidade de regras globais para controlar o uso de IA em armamentos. “Armas decidem quem sobreviverá”, afirmou Zelensky.

Diante do cenário, Zelensky defendeu a necessidade de a Ucrânia lutar por sua sobrevivência, inclusive com a produção de seus próprios drones. Ele anunciou que o país pretende exportar armas que foram “testadas em uma guerra real”. O presidente ucraniano responsabilizou Moscou pela guerra e instou a comunidade internacional a agir para conter a agressão russa.

Concluindo, Zelensky expressou otimismo em relação ao futuro, mencionando uma reunião proveitosa com o ex-presidente americano Donald Trump e manifestando confiança de que, com o apoio da Europa e dos Estados Unidos, será possível alcançar a paz. “Podemos colocar um fim nisso”, declarou.