Juliana Soares, sobrevivente de uma tentativa de feminicídio que chocou o país, ressurgiu como um farol de esperança e resistência. Após ser brutalmente agredida com 61 socos pelo ex-namorado em um elevador, a potiguar usou a tribuna da Câmara Municipal de Natal, nesta segunda-feira (25/8), para dar voz a outras vítimas.
Ela recebeu a Comenda Maria da Penha, a maior honraria concedida na luta contra a violência doméstica. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, permanece preso e enfrentará a justiça pelo crime cometido. O caso de Juliana, que antes era um símbolo de sofrimento, agora se transforma em uma poderosa mensagem de superação.
Emocionada, Juliana compartilhou como a dor se transformou em um propósito. “Nunca busquei holofotes, mas eles chegaram até mim de forma triste e trágica. Hoje, transformo essa dor em voz para tantas mulheres que enfrentam violência todos os dias”, declarou, evidenciando sua determinação em combater essa realidade cruel.
Além disso, a ativista enfatizou a importância de uma rede de apoio forte e acolhedora. “Gostaria de firmar um compromisso com vocês para que olhem com mais cuidado quando aquela amiga comentar algo que aconteceu, sem julgamento, sem apontamento”, disse. “Todas as mulheres devem ter acesso a esse acolhimento, porque ele é de total importância”, completou.
Em um discurso inspirador, Juliana concluiu dedicando a honraria a todas as vítimas de violência doméstica. “A Comenda Maria da Penha que hoje recebo, dedico a todas as mulheres que já sofreram violência. Seguiremos juntas nessa luta”, finalizou, reafirmando seu compromisso em transformar sua experiência em um catalisador para a mudança e o empoderamento feminino.