Vida no Crime: “Diaba Loira” é enterrada como indigente após guerra entre facções no Rio

Eweline Passos Rodrigues, conhecida pelo apelido de “Diaba Loira”, teve um fim trágico no Rio de Janeiro. A jovem foi vítima do confronto entre facções rivais, Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV), no último dia 14. Sua morte ganhou repercussão após declarações de um homem que se identificou como seu irmão nas redes sociais.

A ausência de velório e a confirmação de que o corpo seria enterrado como indigente causaram grande impacto. A família teria optado por não realizar as cerimônias fúnebres, o que reacendeu o debate sobre as escolhas e consequências da vida no crime. A situação levanta questionamentos sobre o preço pago por quem se envolve com o tráfico.

Através do perfil da vítima, o suposto irmão fez ameaças e críticas direcionadas ao Comando Vermelho. “Enquanto tiver crias haverá guerras. Guerra intensa contra vocês”, escreveu, prometendo vingança e a divulgação de informações sobre os envolvidos na morte de Eweline. As mensagens revelam a intensidade da rivalidade entre as facções.

Ainda nas redes sociais, o familiar rebateu comentários de influenciadores, como Malandrex, que criticaram as escolhas de Eweline. Em uma das postagens mais impactantes, ele alertou sobre os perigos do tráfico, revelando que a jovem, natural de Santa Catarina, abandonou sua família para se juntar ao crime no Rio de Janeiro. “A Eweline tinha família em 2021, em 2022 perdeu todo mundo por causa do tráfico”, lamentou.

Eweline Passos Rodrigues foi encontrada morta em Cascadura, Zona Norte do Rio. Com histórico no CV, ela migrou para o TCP, integrando a “Tropa do Coelhão”. Ostentando armas nas redes sociais e desafiando rivais, possuía três mandados de prisão em aberto e teria entrado para o mundo do crime em 2022, após sobreviver a uma tentativa de feminicídio.