A escalada da tensão entre Venezuela e Estados Unidos atinge novos patamares, com o governo venezuelano mobilizando até mesmo pescadores em resposta ao que considera uma ameaça iminente. A movimentação ocorre em meio a relatos sobre a possível chegada de navios de guerra e um submarino nuclear dos EUA à costa venezuelana, intensificando o clima de alerta no país.
Diante do cenário de crescente hostilidade, o governo de Nicolás Maduro colocou mais de mil pescadores em estado de prontidão na região costeira de Cabo de San Román. A informação foi confirmada pelo ministro da Pesca e Agricultura da Venezuela, Juan Carlos Loyo, que destacou o papel dos pescadores na defesa da “soberania nacional”.
A escalada das tensões teve um ponto crítico em agosto, quando Washington acusou Maduro de liderar um grupo terrorista, prometendo o “uso de força total” contra Caracas. Essa acusação se soma ao aumento da recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões, sob a alegação de liderar uma rede de tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Em resposta, a Venezuela denunciou os Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), acusando o país de promover uma “campanha terrorista” para justificar uma possível “intervenção militar”. O governo venezuelano busca apoio internacional para conter o que considera uma agressão por parte dos EUA, elevando a crise a um patamar diplomático.
O desenrolar da situação é incerto, mas a mobilização de pescadores e a denúncia na ONU demonstram a determinação da Venezuela em resistir ao que considera uma ameaça à sua soberania. A comunidade internacional observa atentamente os acontecimentos, temendo um agravamento ainda maior do conflito.