O governo de Nicolás Maduro expressou “extremo alerta” diante de relatos sobre o uso da CIA como uma ferramenta de ameaça contra a Venezuela. A denúncia surge em meio a alegações de que os Estados Unidos estariam planejando ações para forçar uma mudança de regime no país sul-americano. A administração venezuelana considera a situação uma grave escalada nas tensões bilaterais e busca apoio internacional para conter o que considera uma agressão iminente.
Em resposta, a Venezuela anunciou que levará o caso ao Conselho de Segurança e ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres. A missão venezuelana na ONU pretende exigir uma investigação completa e a adoção de medidas para evitar uma escalada militar no Caribe. O governo Maduro enfatiza a necessidade de responsabilização por parte dos Estados Unidos e adverte sobre as perigosas consequências políticas da impunidade.
As preocupações de Caracas ganharam força após a publicação de uma reportagem no The New York Times, que revelou a autorização do governo Trump para operações letais da CIA na Venezuela e no Caribe. Segundo o jornal, a agência estaria autorizada a realizar ações encobertas contra Maduro ou seu governo, possivelmente em colaboração com uma operação militar mais ampla.
Diante das acusações, o governo venezuelano reforça sua postura de defesa da soberania nacional e condena o que considera uma interferência inaceitável nos assuntos internos do país. “Observamos com extremo alerta o uso da CIA, assim como os deslocamentos militares anunciados no Caribe, que configuram uma política de agressão, ameaça e assédio contra a Venezuela”, declarou o governo em comunicado. A tensão entre Venezuela e Estados Unidos se intensifica, com o país sul-americano buscando apoio internacional para conter o que considera uma ameaça à sua estabilidade.
