Em meio ao recente diagnóstico de câncer de pele de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, surpreendeu ao comentar sobre o impacto de uma possível prisão do ex-presidente. Apesar da condenação de Bolsonaro a mais de 27 anos por suposto envolvimento em tentativa de golpe de Estado, Costa Neto duvida que a pena seja cumprida em regime fechado.
Para o presidente do PL, uma eventual prisão de Bolsonaro no Complexo da Papuda, em Brasília, poderia ter um efeito oposto ao desejado por seus opositores. “Não acredito que eles deem prisão para o Bolsonaro em regime fechado, aliás, não vão colocá-lo em cadeia nenhuma. Porque, se colocarem o Bolsonaro numa prisão, ele vai para 55% de intenção de voto. É a vida”, declarou em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Costa Neto argumenta que tal medida geraria ainda mais comoção entre os apoiadores de Bolsonaro, fortalecendo um eventual candidato indicado por ele para as eleições de 2026. O presidente do PL acredita que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam cientes desse risco e, portanto, evitariam tomar tal decisão.
“Ele é ex-presidente da República. Ele tem que ter um tratamento especial. E, como ex-presidente da República, o que estão fazendo com ele é de revoltar qualquer seguidor. E, se colocarem ele em uma cadeia… O pessoal do Supremo tem muita cabeça. Não vão fazer isso”, ponderou Valdemar Costa Neto.
Além disso, durante a entrevista, Valdemar Costa Neto também refletiu sobre a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Segundo ele, o desempenho do ex-presidente no governo foi positivo, mas seu comportamento teria contribuído para a perda nas urnas. “O pessoal viu o que aconteceu no governo do Bolsonaro, ele foi bem. Então, ele perdeu a eleição por causa do comportamento dele, uma bobagem, coisas pequenas que aconteceram, mas que marcaram”, concluiu.
