União Brasil Rompe com Governo Lula e Exige Saída Imediata de Ministros Após Denúncias Envolvendo Presidente do Partido

Em uma escalada de tensão, a Executiva Nacional do União Brasil determinou, nesta quinta-feira (18), que seus filiados que ocupam cargos no governo Lula devem se desligar imediatamente de suas funções. A decisão, que antecipa uma saída anteriormente prevista para o final do mês, impõe um ultimato de 24 horas para a apresentação dos pedidos de demissão, sob pena de expulsão do partido.

O impacto da resolução recai diretamente sobre figuras como o ministro do Turismo, Celso Sabino, que se vê compelido a escolher entre o cargo no governo e a sua filiação partidária. A medida drástica sinaliza uma fratura exposta na relação entre o União Brasil e o Palácio do Planalto.

A crise interna que culminou nessa decisão foi desencadeada por reportagens do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) e do UOL, as quais mencionam acusações contra o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. Segundo as denúncias, Rueda estaria ligado a aeronaves supostamente utilizadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). O dirigente nega veementemente as acusações, classificando-as como uma campanha difamatória.

A cúpula do União Brasil alega que a divulgação das reportagens configura uma tentativa de interferência política orquestrada pelo governo federal. A alegação se baseia no fato de que um dos autores do material jornalístico também apresenta um programa na TV Brasil, emissora pública.

“A saída imediata dos filiados do governo marca uma ruptura antecipada da aliança”, resume a situação um analista político, evidenciando o crescente distanciamento entre o partido e o governo Lula. O ultimato imposto pelo União Brasil redefine o cenário político e abre novas incertezas sobre a governabilidade.