Em um discurso de tom combativo, o presidente Donald Trump convocou a cúpula militar dos Estados Unidos a intensificar a vigilância sobre o que chamou de “inimigo interno”. O pronunciamento, realizado em Quantico, Virgínia, sinaliza uma mudança radical na política de defesa, com promessas de fortalecer o “espírito guerreiro” das Forças Armadas.
A iniciativa é liderada pelo Secretário de Guerra, Pete Hegseth, que apresentou novas diretrizes para o recrutamento, treinamento e conduta militar. As medidas incluem padrões físicos mais rigorosos, o fim de denúncias anônimas, restrições a barbas e cabelos longos, e uma redução no número de cargos de comando. O objetivo, segundo o governo, é eliminar o que consideram “lixo ideológico” infiltrado em gestões anteriores.
Trump também direcionou críticas a cidades governadas por democratas, classificando-as como “perigosas” e sugerindo o uso da Guarda Nacional para restaurar a ordem. “Algumas dessas localidades poderiam ser usadas como campos de treinamento para tropas”, declarou o presidente, acenando com a possibilidade de expandir a presença militar em centros urbanos.
Hegseth enfatizou que as políticas de diversidade e inclusão implementadas pelo governo anterior, incluindo a nomeação de oficiais de grupos minoritários, serão revistas. “Acabou essa merda”, afirmou o Secretário de Guerra, ressaltando que as mulheres podem continuar servindo, desde que atendam aos novos padrões físicos elevados e neutros.
Paralelamente às mudanças internas, a administração Trump tem ampliado sua intervenção militar no exterior, autorizando operações contra embarcações suspeitas de tráfico, ataques a alvos iranianos e bombardeios contra rebeldes huthis no Iêmen. A reestruturação já resultou na demissão de diversos oficiais de alto escalão e em cortes significativos no número de generais e almirantes, consolidando uma nova era para as Forças Armadas dos EUA.