O governo de Donald Trump escalou a luta contra o tráfico internacional de drogas ao declarar formalmente que os Estados Unidos estão em guerra contra os cartéis. O anúncio, feito através de um comunicado enviado ao Congresso e divulgado pelo The New York Times na quinta-feira (2), redefine a abordagem de Washington em relação a essas organizações criminosas.
Com a nova diretriz, os membros dos cartéis passam a ser designados como “combatentes ilegais” pelas forças armadas dos EUA. Essa classificação permite que as operações militares contra esses grupos sejam significativamente mais agressivas e abrangentes, marcando uma mudança drástica na política de combate às drogas.
A decisão ocorre em um contexto de crescente presença militar dos EUA no Caribe e em países aliados na América Latina, como Argentina e Panamá. Além disso, a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado de liderar o cartel de Los Soles e recentemente classificado como organização terrorista, também se intensificou.
Analistas apontam que essa mudança representa um endurecimento substancial na política externa dos Estados Unidos. A nova estratégia poderá abrir caminho para intervenções militares em outros países, levantando questões sobre a soberania e a estabilidade regional. A medida já gera debates acalorados sobre seus possíveis impactos e consequências a longo prazo.
“Essa declaração formal de guerra contra os cartéis sinaliza uma nova fase na luta contra o narcotráfico, com potenciais implicações para a segurança e a estabilidade em toda a América Latina”, comentou um especialista em política internacional, que preferiu não ser identificado, sobre o anúncio.