O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível escalada nas sanções contra a Rússia, mas impôs condições consideradas desafiadoras. Em publicação na sua rede social, Truth Social, Trump declarou que estaria pronto para impor “sanções severas” a Moscou, desde que os países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) parassem de comprar petróleo russo e aplicassem tarifas significativas sobre produtos chineses.
Trump argumenta que a continuidade da compra de petróleo russo por membros da OTAN enfraquece o poder de barganha do bloco frente à Rússia. Para o ex-presidente, a dependência europeia da energia russa mina a eficácia de qualquer esforço de negociação para resolver o conflito na Ucrânia.
“Estou pronto para impor sanções severas à Rússia quando todas as nações da OTAN tiverem concordado e começado a fazer o mesmo, e quando todas as nações da OTAN PARAREM DE COMPRAR PETRÓLEO DA RÚSSIA”, escreveu Trump, em sua postagem. Ele também propôs tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses como forma de pressionar pelo fim da guerra na Ucrânia.
A postura de Trump em relação à Rússia tem sido ambivalente ao longo do tempo. Ele já elogiou Vladimir Putin, chamando-o de “gênio”, e chegou a culpar a Ucrânia pelo início da guerra. No entanto, após uma reunião com o chefe da OTAN em julho, Trump expressou decepção com Putin, que teria ignorado seus apelos por paz e intensificado os ataques na Ucrânia.
Além das sanções, Trump também mencionou ter a capacidade de resolver o conflito na Ucrânia em 24 horas. Ele já ameaçou cortar o fornecimento de armas à Ucrânia durante negociações com a Rússia, mas também sinalizou apoio aos ucranianos em momentos posteriores. Recentemente, Trump deu um ultimato de 50 dias para a Rússia encerrar os combates ou enfrentar tarifas dos EUA a qualquer país que compre produtos russos.