Uma menina de apenas seis anos perdeu a vida no último domingo (24) em Carapebus, Serra, na Grande Vitória, após o carro de sua família ser alvo de um ataque criminoso. O pai e a mãe, grávida de oito meses, também foram feridos, mas sobreviveram. A polícia agiu rápido e prendeu seis suspeitos envolvidos na ação.
Segundo Leonardo Damasceno, Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, a família foi vítima de um trágico engano. O veículo, um Peugeot cinza-escuro, foi confundido com um carro utilizado por membros da facção Terceiro Comando Puro (TCP). O ataque foi orquestrado por rivais do Primeiro Comando de Vitória (PCV).
“Nós identificamos que havia um olheiro procurando um carro que seria usado por traficantes do TCP, e o olheiro identificou o carro da família por engano”, detalhou o secretário, revelando a falha que resultou na fatalidade. Este foi o terceiro confronto entre as facções em um único fim de semana, com trocas de tiros já registradas no sábado (23).
Desesperado, o pai da menina, mesmo ferido, dirigiu até o Hospital Municipal Materno Infantil (HMMI) em busca de socorro, mas a criança não resistiu aos ferimentos. A rápida resposta policial resultou na prisão de seis indivíduos, incluindo dois apontados como mandantes do crime e uma advogada, esposa de um dos líderes.
Entre os detidos estão também o atirador, o olheiro responsável pela identificação errônea do veículo e um indivíduo que auxiliou na fuga do grupo. As autoridades não divulgaram a identidade dos suspeitos. O carro utilizado na fuga, um Fiat Argo branco, foi encontrado abandonado no bairro Novo Horizonte, com 12 marcas de tiro, cápsulas de diferentes calibres, uma touca-ninja e uma granada caseira.
O ataque à família ocorreu apenas dois dias após outro incidente violento no mesmo bairro, onde um homem de 28 anos foi morto e outro de 20 ficou ferido. Nesse crime anterior, os atiradores utilizaram pistolas e fuzis, efetuando mais de 40 disparos contra as vítimas, evidenciando a escalada da violência na região.