O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (11), às 14h, o julgamento que definirá o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros investigados em relação à suposta incitação aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A sessão é aguardada com grande expectativa, marcando um ponto crucial na apuração dos eventos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.
O placar atual do julgamento aponta para uma divisão, com 2 votos a 1 pela condenação. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já se manifestaram pela culpa de Bolsonaro, enquanto Luiz Fux apresentou voto divergente, defendendo a absolvição em pontos considerados centrais para o desfecho do processo. A complexidade do caso e a relevância dos argumentos apresentados tornam a sessão ainda mais tensa.
A expectativa se concentra agora no voto da ministra Cármen Lúcia, considerado fundamental para a formação da maioria na 1ª Turma do STF. “O voto de Cármen Lúcia é visto como decisivo”, afirma um especialista em direito constitucional, refletindo a apreensão em torno de sua posição. Em caso de empate, o ministro Cristiano Zanin poderá ser o responsável pelo voto de desempate, mas a possibilidade de adiamento do julgamento para outra data não está descartada.
A decisão do STF terá impacto direto nos direitos políticos de Bolsonaro, podendo inclusive afetar sua elegibilidade para futuras eleições. O desfecho do julgamento é acompanhado de perto pelo meio político e pela sociedade em geral, dada a sua relevância para a consolidação da democracia e a responsabilização por atos que atentem contra o Estado Democrático de Direito.