Após um hiato de 25 anos, São Paulo volta a ser palco de um torneio de elite do tênis feminino com o SP Open, um WTA 250 que será disputado no Parque Villa-Lobos. O evento, liderado pela número 1 do Brasil, Beatriz Haddad Maia, reacende a paixão pelo esporte na cidade.
O desafio agora é garantir a longevidade da competição, evitando o destino de outros torneios femininos que não conseguiram se firmar no país. Experiências passadas, como o Brasil Open e o Brasil Tennis Cup, servem de aprendizado para o novo evento paulistano.
O Brasil Open, por exemplo, teve uma breve passagem com chave feminina, enquanto o WTA de Florianópolis, apesar de ter revelado talentos como Bia Haddad, sucumbiu à alta do dólar e à falta de patrocinadores. “A Federação Catarinense de Tênis decidiu revender a data porque houve a disparada do dólar na época”, explicou Rafael Westrupp, ex-diretor do torneio.
Apesar dos obstáculos, o torneio em Florianópolis deixou um legado importante, impulsionando a carreira de diversas tenistas brasileiras. Carolina Meligeni e Laura Pigossi, que tiveram suas primeiras experiências em eventos da WTA ali, estarão presentes no SP Open.
Para evitar os erros do passado, o SP Open aposta na experiência da equipe do Rio Open, que já possui 11 edições de sucesso. A conexão com patrocinadores de longo prazo, como a Claro, e o foco em atletas nacionais são outras estratégias para garantir a sustentabilidade do torneio. “Sabemos que brasileiro gosta de ver brasileiro em quadra”, afirma Luiz Carvalho, diretor dos dois eventos.
A longo prazo, o SP Open deposita suas esperanças nas jovens promessas Victoria Barros e Nauhany Silva, ambas com 15 anos. Consideradas o futuro do tênis feminino brasileiro, elas representam a renovação e a continuidade do esporte no país. O torneio busca criar uma ‘mentalidade de pertencimento’ para as tenistas, oferecendo oportunidades e estímulo para o desenvolvimento de suas carreiras.