Em 1976, os Estados Unidos celebraram seu bicentenário com um torneio de futebol que reuniu potências como Brasil, Inglaterra e Itália. Sob o comando de Oswaldo Brandão, lendário treinador com passagens marcantes por Palmeiras e Corinthians, a seleção brasileira buscava reafirmar sua força no cenário internacional.
O time contava com remanescentes do tricampeonato de 1970, como Rivellino, Leão e Marco Antônio, além de jovens talentos que despontavam, como Zico, Gil, Roberto Dinamite e Falcão. Após vitórias sobre a Inglaterra (1 a 0) e os EUA (2 a 0), o Brasil chegou à final para enfrentar a Itália, que anos depois, em 1982, seria campeã mundial sob a batuta de Enzo Bearzot.
A partida decisiva começou com a Itália abrindo o placar com gol de Capello. No entanto, a seleção brasileira não se abateu e, com um futebol envolvente e habilidoso, virou o jogo, proporcionando um verdadeiro espetáculo no segundo tempo. O atacante Gil, em grande forma, balançou as redes duas vezes, selando a vitória por 4 a 1.
A goleada sobre a Itália reavivou a memória da final da Copa do Mundo de 1970, no México, onde o Brasil também venceu pelo mesmo placar. A manchete do jornal *O Estado de S. Paulo* ressaltou a semelhança: “Com raça, o Brasil repete 1970 até nos 4 a 1”.
Gil, autor de dois gols, foi um dos destaques da partida. “Foi toda a equipe que esteve bem. Acho que ela se superou e era disso que precisávamos para melhorar nossa imagem e aumentar nossa segurança contra novos adversários junto à nossa torcida”, declarou o atacante, conhecido como “Búfalo Gil”, um dos ídolos do Fluminense.
