O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (12), a recondução de Paulo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR) para um novo mandato de dois anos. A decisão foi tomada com 45 votos favoráveis e 26 contrários, garantindo a permanência de Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no comando da instituição.
A votação desta quarta-feira demonstra uma menor margem de apoio em comparação com a aprovação de Gonet em 2023, quando obteve 65 votos a favor e apenas 11 contra. A aprovação, no entanto, assegura sua continuidade à frente da PGR, onde está desde dezembro do ano anterior.
Antes da votação no plenário, Gonet passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde sua indicação foi aprovada por 17 votos a 10. Durante a sabatina, ele comentou sobre a possibilidade de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, tema de grande debate no cenário político atual. “Essa é uma decisão que cabe ao Congresso tomar, não tenho dúvida da competência do Congresso para se manifestar a respeito de anistia. Entendo que há polêmica em torno disso do ponto de vista jurídico”, afirmou Gonet.
Como Procurador-Geral da República, Paulo Gonet tem se destacado por conduzir a denúncia e participar dos julgamentos relacionados aos acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua atuação nesses processos tem gerado grande repercussão no meio jurídico e político.
Gonet é membro do Ministério Público Federal desde 1987, tendo ocupado diversos cargos ao longo de sua carreira. A recondução ao cargo de Procurador-Geral da República consolida sua trajetória e lhe confere a responsabilidade de liderar o Ministério Público Federal nos próximos dois anos.
