São Paulo enfrentou um mês de agosto excepcionalmente seco, marcando um período de preocupante escassez de chuvas. Os dados revelam que o volume de precipitação na capital paulista atingiu apenas 13,5 milímetros, representando menos da metade do esperado para o mês, que era de 30,2 mm. A situação levanta alertas sobre o abastecimento de água e o impacto na região metropolitana.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), a capital não via um agosto tão seco desde 2020. Além da falta de chuva, as temperaturas também ficaram abaixo das médias históricas, com mínimas de 12,4°C e máximas de 23°C, enquanto o normal para o mês seria 13,4°C e 24,3°C, respectivamente. A combinação de seca e temperaturas amenas agrava o cenário de crise hídrica.
Diante da persistente estiagem, o governo de São Paulo anunciou medidas emergenciais para garantir o abastecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá que reduzir o volume de retirada de água do Sistema Cantareira, o principal reservatório da região, de 31 para 27 metros cúbicos por segundo.
O Sistema Cantareira, vital para o abastecimento da Grande São Paulo, atingiu níveis críticos devido à falta de chuvas. Neste domingo, o reservatório operava com apenas 34,6% de sua capacidade, um nível considerado de alerta. “A redução da vazão é uma medida necessária para preservar o Cantareira e garantir o abastecimento futuro”, afirmou um representante do governo.
Adicionalmente, a Sabesp implementou a redução da pressão da água durante a madrugada na região metropolitana, das 21h às 5h. A medida, em vigor desde a última quarta-feira, permanecerá até que os níveis dos reservatórios se recuperem. Neste domingo, o armazenamento total dos reservatórios da região era de 37,2%. A previsão para os próximos dias é de tempo seco, com elevação das temperaturas e baixa umidade do ar.
