Roubos de Celular Aterrorizam São Paulo: Um Crime a Cada 9 Minutos

São Paulo enfrenta uma epidemia de roubos e furtos de celulares, com cenas de violência urbana se tornando rotina. A fragilidade da segurança pública expõe os cidadãos a riscos constantes, transformando o uso de smartphones em um ato de coragem.

Entre janeiro e julho de 2025, foram registrados 35.385 casos, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública estadual. Apesar da queda de 13,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, a média de 168 crimes por dia – um a cada nove minutos – demonstra a persistência do problema.

A receptação de celulares roubados é apontada como um dos principais entraves no combate a essa criminalidade. Aparelhos com rastreadores são rapidamente escondidos em imóveis no centro da cidade, dificultando as operações policiais e alimentando o ciclo vicioso.

Na terça-feira (9), a repórter Danúbia Braga, da Jovem Pan News, foi vítima de uma tentativa de roubo enquanto se deslocava de táxi. O criminoso quebrou o vidro do carro, ferindo a jornalista e o cinegrafista Guilherme Cassiano, demonstrando a audácia dos criminosos.

O Secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubo, defende o aumento da pena para o crime de receptação como medida crucial para desestimular o mercado ilegal. “É essencial para desestimular o mercado de celulares roubados e enfrentar o problema em nível nacional”, afirmou Sarrubo em entrevista recente.

A impunidade também contribui para a escalada da violência. Relatos de criminosos debochando da lei após serem liberados em audiências de custódia revelam a urgência de medidas mais eficazes para garantir a segurança da população e punir os responsáveis por esses crimes.