A Romênia, membro da OTAN, manifestou forte condenação neste domingo (14) após um drone russo violar seu espaço aéreo durante um ataque na Ucrânia. O incidente, ocorrido no sábado à noite, eleva as tensões regionais e reacende o debate sobre a segurança no Mar Negro. Bucareste classificou a ação como um “novo desafio” à estabilidade regional e convocou o embaixador russo para explicações.
O Ministério da Defesa romeno divulgou um comunicado expressando sua indignação com as “ações irresponsáveis da Federação Russa”, ressaltando a falta de respeito pelo direito internacional. A ministra das Relações Exteriores, Oana-Silvia Șoiu, enfatizou a gravidade da situação, afirmando que o embaixador russo, Vladimir Lipaev, foi chamado para receber o “protesto da Romênia” em relação à intrusão.
Este incidente ocorre poucos dias após a Polônia, também membro da OTAN e da União Europeia, denunciar a entrada de 19 aeronaves russas em seu território, intensificando o estado de alerta na região. Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE, classificou a incursão como “inaceitável” e alertou para a ameaça contínua à segurança regional.
Segundo o Ministério da Defesa romeno, o drone sobrevoou o espaço aéreo do país por aproximadamente 50 minutos, desde o nordeste de Chilia Veche até o sudoeste de Izmail, antes de retornar à Ucrânia perto da localidade de Pardina. Apesar da autorização para abater o alvo, os pilotos avaliaram os riscos colaterais e optaram por não abrir fogo.
A Romênia recebeu apoio de seus aliados alemães, que enviaram dois aviões Eurofighter Typhoon para monitorar a área. A ministra Șoiu anunciou que pretende levar a questão das ações russas à Assembleia Geral das Nações Unidas, buscando o cumprimento das avaliações internacionais. A escalada das tensões exige atenção e medidas diplomáticas para evitar o agravamento da situação.



