Em um julgamento tenso e de grande repercussão, o ministro Luiz Fux surpreendeu ao votar pela absolvição de Jair Bolsonaro em todos os crimes pelos quais é acusado. O voto de Fux altera o panorama inicial, estabelecendo um placar de 2 a 1 pela condenação do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal.
O julgamento, que apura a responsabilidade de Bolsonaro e outros sete aliados, incluindo os generais Augusto Heleno e Braga Netto, por supostos crimes de golpe de Estado e outros delitos, tem como relator o ministro Alexandre de Moraes. Moraes, acompanhado por Flávio Dino, já havia se posicionado pela condenação de todos os réus.
Apesar do voto divergente de Fux em relação a Bolsonaro, o STF já formou maioria para condenar Cid por tentativa de abolição do Estado de Direito. O ministro ainda analisará as condutas dos outros cinco réus, o que poderá influenciar o desfecho final do julgamento. Segundo fontes ligadas ao processo, a expectativa é de que os próximos votos sejam decisivos.
Os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin serão os próximos a proferir seus votos sobre o caso de Bolsonaro e os demais acusados. A atenção se volta agora para como esses votos impactarão o resultado final, em um processo que tem o potencial de redefinir o cenário político nacional. A expectativa é de que a sessão continue nos próximos dias.
O caso, que investiga supostas articulações para subverter a ordem democrática, tem gerado debates acalorados e polarização na sociedade brasileira. A defesa de Bolsonaro nega as acusações e alega que o ex-presidente não teve envolvimento em qualquer tentativa de golpe. O julgamento segue em andamento, com desdobramentos previstos para os próximos dias.