O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cancelou sua participação na 80ª Assembleia Geral da ONU, que se inicia no próximo dia 23. A decisão foi tomada após o governo dos Estados Unidos impor severas restrições à sua movimentação em Nova York, limitando-o a apenas cinco quarteirões. O incidente gerou forte reação por parte das autoridades brasileiras, que consideraram a medida inaceitável.
Apesar de ter recebido o visto americano, as limitações impostas impedem que Padilha participe plenamente das atividades programadas, incluindo o encontro da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Washington. “As restrições inviabilizam a presença do ministro da Saúde do Brasil nas atividades que ele precisa fazer parte”, declarou Padilha à GloboNews, evidenciando o impacto da decisão americana. A alegação de preocupações com segurança e logística por parte do governo Trump não atenuou a insatisfação brasileira.
A medida restritiva autorizava o ministro a se locomover apenas em um raio limitado ao redor de seu hotel e no trajeto entre o hotel e a sede da ONU para compromissos oficiais. Para Padilha, tal condição é uma afronta à sua posição como representante do Brasil. “Inaceitável as condições, porque eu sou o ministro da Saúde do Brasil. Quando vou para um evento como esse, tenho que ter plena possibilidade de participar do conjunto das atividades das quais nós somos convidados”, afirmou.
A situação gerou um novo foco de tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A postura do governo americano foi vista como um tratamento desigual e uma desconsideração com a soberania nacional. A ausência de Padilha na Assembleia Geral da ONU marca um protesto contra as restrições impostas e levanta questões sobre o futuro da cooperação em saúde entre os dois países.
