O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu, nesta quinta-feira (11), negar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o rapper Oruam, mantendo sua prisão preventiva. O artista está detido desde 22 de julho no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, acusado de tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais civis durante uma abordagem em sua residência no Joá.
Na sessão que analisou o pedido, estiveram presentes a mãe de Oruam, Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, sua noiva, Fernanda Valença, e o irmão, Lucca Nepomuceno. Amigos próximos, como o cantor MC Poze do Rodo e Vivi Noronha, também acompanharam o julgamento. A defesa já anunciou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O rapper, que está preso há cerca de 50 dias, divulgou uma carta aberta escrita à mão, na noite de terça-feira (9). No texto, pediu desculpas aos fãs e familiares, declarou que não é traficante e afirmou que vê a prisão como um momento de reflexão espiritual.
“Fiquei famoso, ganhei o mundo… e me esqueci de Deus. Tive que ser preso pra voltar a falar com Ele. Aceito meu castigo”, escreveu o cantor, citando passagens bíblicas. Oruam também reclamou de “julgamento desigual”, denunciou falsos amigos e disse estar sendo alvo de perseguição que, segundo ele, tenta “manchar sua história e sua arte”.
Na carta, o rapper ainda destacou: “Um leão ferido ainda é um leão. Ninguém prende quem tem a mente livre. Quem acreditar em mim, fique firme, porque logo vocês vão me ver”.
fonte: metrópoles