O presidente do Equador, Daniel Noboa, escapou ileso de um ataque nesta terça-feira (7), enquanto se dirigia a um evento na província de Cañar. A comitiva presidencial foi cercada por manifestantes, em um incidente que o governo classificou como uma tentativa de assassinato. A escalada de violência ocorre em meio a crescentes tensões sociais no país.
De acordo com a ministra de Energia, Inés María Manzano, o veículo que transportava Noboa foi alvo de disparos, pedras e outros objetos. “Disparar contra o carro do presidente, jogar pedras, danificar patrimônio do Estado — isso é crime. Não vamos permitir isso”, declarou a ministra, demonstrando a gravidade da situação.
A onda de protestos que culminou no ataque tem como estopim o aumento do preço do diesel, que saltou de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão após o fim de um subsídio governamental. A medida gerou forte descontentamento, especialmente entre os povos indígenas, que lideram as manifestações em diversas regiões do país.
Em resposta ao atentado, as autoridades equatorianas prenderam cinco pessoas, que serão processadas por terrorismo e tentativa de homicídio. O governo reforçou a segurança e prometeu agir com rigor contra os responsáveis pela violência, buscando restabelecer a ordem em meio ao turbulento cenário político e social.
A imagem de um dos veículos da comitiva, danificado pelos ataques, circula nas redes sociais, evidenciando a intensidade do confronto. O incidente eleva a preocupação com a estabilidade política no Equador e a capacidade do governo de lidar com as demandas populares.



