Um policial civil do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) foi brutalmente assassinado na noite de terça-feira (2) na Favela do Gato, localizada no Bom Retiro, centro de São Paulo. A principal linha de investigação aponta para um linchamento por moradores após um suposto desentendimento, conforme informações preliminares da Polícia Militar.
O corpo de Caio Bruno, de 33 anos, foi encontrado por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira (3), apresentando sinais de extrema violência na cabeça e no tórax. A área foi isolada para perícia e a Polícia Civil, através do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), já iniciou a investigação para determinar as causas e a dinâmica do crime.
Até o momento, cinco pessoas foram detidas e são consideradas suspeitas de participação no homicídio. Segundo o depoimento de um dos detidos à PM, o policial teria invadido um apartamento na comunidade e entrado em luta corporal com um indivíduo, chegando a efetuar um disparo que o atingiu na perna. “Foi nesse momento que a situação se intensificou e os moradores reagiram”, relatou a fonte policial, sob condição de anonimato.
O homem baleado, que seria o foragido da justiça por descumprimento de medidas protetivas da Lei Maria da Penha, foi localizado e preso em um hospital da região, onde procurava atendimento médico. A polícia busca confirmar se o tiro partiu da arma de Caio Bruno, que foi encontrada junto com seu veículo nas proximidades do corpo e será periciada.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) não detalhou se o policial estava em serviço, sozinho ou acompanhado, nem o motivo de sua presença na favela. Em nota oficial, a SSP informou que “informações preliminares indicam que o policial foi localizado em via pública” e que “policiais militares e o resgate foram acionados, e o óbito constatado no local.” O caso segue sob investigação para total elucidação dos fatos.