O programa de Jimmy Kimmel, “Jimmy Kimmel Live!”, foi suspenso por tempo indeterminado pela emissora ABC, segundo anúncio feito nesta quarta-feira. A decisão ocorre após controvérsia gerada por comentários do apresentador sobre a exploração política do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. A notícia rapidamente gerou reações, inclusive do ex-presidente Donald Trump.
Trump, conhecido por suas críticas à mídia, celebrou a suspensão como “excelente notícia para os Estados Unidos”. A polêmica teve início com um monólogo de Kimmel, no qual ele acusou a direita de tentar distorcer os fatos sobre o assassinato de Kirk para obter ganhos políticos. Charlie Kirk, figura proeminente do movimento conservador, foi morto em 10 de setembro em Utah.
Em resposta à suspensão, a rede Nexstar, afiliada da ABC, declarou que removeria o programa de sua programação, considerando os comentários de Kimmel “ofensivos e insensíveis”. Andrew Alford, presidente da Nexstar, afirmou que manter Kimmel na grade não atendia ao interesse público, buscando um diálogo mais respeitoso.
Brendan Carr, diretor da Comissão Federal de Comunicações (FCC), também se manifestou, classificando os comentários de Kimmel como “doentios”. Ele insinuou possíveis ações legais, enfatizando a obrigação das emissoras de operar no interesse público, já que possuem licenças da FCC. A repercussão do caso demonstra a crescente polarização no cenário midiático americano.
O próprio Kimmel ainda não se pronunciou sobre a decisão da ABC. Enquanto isso, Trump utilizou sua plataforma Truth Social para atacar o apresentador, alegando baixos índices de audiência e falta de talento. A suspensão do programa de Kimmel se soma a outras mudanças recentes na programação noturna, como o fim do talk-show de Stephen Colbert na CBS, intensificando o debate sobre a liberdade de expressão e os limites do humor político na televisão.



