Uma cerimônia de batismo em uma igreja católica no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, transformou-se em palco de indignação e controvérsia. O motivo? A recusa do padre em pronunciar o nome da criança, Yaminah, durante o sacramento, alegando possíveis conotações religiosas questionáveis. O caso gerou revolta e acusações de discriminação por parte da família.
A mãe da menina, Marcelle Turan, relatou que o religioso se referiu à filha apenas como “a criança” ou “a filha de vocês”, ignorando os repetidos apelos para que utilizasse o nome escolhido. Segundo Marcelle, a resistência do padre começou antes mesmo do batismo, quando ele questionou o nome e chegou a se recusar a realizar a cerimônia, mesmo após explicações sobre o significado de Yaminah.
Um vídeo gravado durante o batismo, que viralizou nas redes sociais, mostra a família visivelmente constrangida e insistindo para que o padre se referisse à criança pelo nome. A recusa persistente do religioso em utilizar o nome Yaminah durante a cerimônia intensificou a sensação de desrespeito e preconceito.
Em resposta à polêmica, a Arquidiocese do Rio emitiu uma nota oficial afirmando que o sacramento foi realizado corretamente e que o nome da criança não é citado em todos os momentos da celebração. A instituição ressaltou ainda que padres podem oferecer orientações pastorais sobre nomes, mas que essas sugestões são meramente aconselhativas, além de repudiar qualquer forma de discriminação e reafirmar o compromisso com o respeito à diversidade cultural.
Indignada com a situação, a família de Yaminah registrou uma ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, classificando o incidente como preconceito por raça, cor ou religião. O caso segue em investigação, enquanto o vídeo do batismo continua a gerar debates acalorados nas redes sociais sobre intolerância religiosa e respeito às escolhas individuais.
