O Partido Liberal (PL) suspendeu o salário do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme anunciado pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. A medida foi tomada em resposta ao andamento do processo judicial que investiga a participação de Bolsonaro em uma trama golpista, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Costa Neto, a decisão visa garantir a conformidade do partido com a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9096/95).
A suspensão do salário, que anteriormente era de R$ 46.366,19, equivalente ao de um deputado federal, decorre da suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro. O ex-presidente ocupava o cargo de presidente de honra do PL, o que justificava a remuneração. “Se eu não determino a suspensão do salário do nosso amado presidente Bolsonaro, o partido certamente seria punido com mais uma multa pelo poder judiciário”, declarou Valdemar Costa Neto, enfatizando o cumprimento da lei.
Ademais, Bolsonaro foi preso preventivamente no último sábado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que justificou a medida com base no risco de fuga e no descumprimento das normas de uso da tornozeleira eletrônica. Na terça-feira, o ministro Moraes ordenou o trânsito em julgado da ação penal relativa à trama golpista e determinou que a pena fosse cumprida na Superintendência da Polícia Federal.
A decisão do PL de suspender o salário de Bolsonaro demonstra o impacto das decisões judiciais sobre a situação do ex-presidente e a necessidade de o partido se adequar às exigências legais. Acompanhe os desdobramentos deste caso e outras notícias relacionadas nos links abaixo.
