PGR pede condenação de núcleo operacional acusado de planejar golpe de Estado em 2022

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a concluir as alegações finais contra o chamado “Núcleo Operacional”, apontado como o responsável pela execução do plano de golpe de Estado que visava desestabilizar o Brasil em 2022. A expectativa é que o documento seja entregue na próxima segunda-feira (22), com o pedido formal de condenação dos envolvidos. A acusação se baseia em extensa investigação sobre o papel de cada membro do grupo na alegada trama golpista.

O grupo sob investigação é composto por figuras proeminentes, incluindo Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, acusado de elaborar uma minuta de decreto de estado de sítio. Também figuram na lista o General Mário Fernandes e o Coronel Marcelo Câmara, supostamente integrantes do grupo “Punhal Verde Amarelo”, que planejava um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, completa a lista, sendo acusado de omissão e conivência nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

“A materialidade dos crimes e a participação de cada um dos acusados estão bem documentadas nos autos do processo”, afirmou um procurador ligado ao caso, sob condição de anonimato. Após a apresentação das alegações finais da PGR, as defesas dos acusados terão um prazo de 15 dias úteis para apresentar suas manifestações. O processo, que tem gerado grande expectativa, deve ter seu julgamento concluído nas próximas semanas.

O desfecho deste caso é aguardado com grande interesse, tanto pela sociedade civil quanto pela comunidade jurídica. A depender da decisão judicial, o caso poderá ter um impacto significativo no cenário político brasileiro e no debate sobre a estabilidade democrática do país.