A Procuradoria-Geral da República (PGR) elevou a pressão sobre três membros do Partido Liberal (PL), solicitando ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas condenações por corrupção passiva e organização criminosa. O pedido formal, apresentado nesta segunda-feira, é o desfecho das alegações finais no processo que envolve o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), o deputado Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE).
De acordo com a acusação, os parlamentares são suspeitos de exigir R$ 1,6 milhão em propina para facilitar a liberação de R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares. Os recursos seriam destinados ao município de São José de Ribamar (MA) durante o período de janeiro a agosto de 2020. A 1ª Turma do STF deverá analisar o caso, mas a data do julgamento ainda não foi definida.
As investigações da Procuradoria reuniram indícios de cobrança de propina e intermediação irregular de recursos públicos, configurando, segundo a denúncia, um esquema de favorecimento político. A veracidade das acusações e o papel de cada um dos envolvidos serão agora minuciosamente examinados pelo STF.
A reportagem da Agência Brasil buscou contato com os gabinetes dos parlamentares para obter um posicionamento. Até o momento, Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil não se manifestaram, e Bosco Costa não foi localizado. A ausência de resposta imediata aumenta a expectativa em torno do caso.
Em sua defesa, Josimar Maranhãozinho já se manifestou, classificando as acusações da PGR como “frágeis e desfundamentadas”. Os advogados de Bosco Costa, por sua vez, pediram a rejeição da denúncia, alegando falta de provas e questionando a base do processo, que, segundo eles, se fundamenta em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas” do investigado.
A defesa de Pastor Gil argumenta que as provas foram obtidas de forma ilegal, defendendo que a investigação deveria ter começado no STF e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também criticam a denúncia da PGR, afirmando que ela se apoia apenas em “hipóteses e conjecturas”. A batalha jurídica se intensifica à medida que o caso avança para julgamento.
O resultado do julgamento da 1ª Turma do STF será crucial, podendo levar à condenação dos parlamentares por corrupção e organização criminosa. As possíveis sanções incluem pena de prisão e a perda do mandato parlamentar, com impacto direto na representatividade política dos envolvidos. O desfecho do caso é aguardado com grande expectativa.



