Com a aproximação do desfecho do processo que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, a Polícia Federal (PF) intensificou o planejamento para uma eventual detenção do ex-presidente. A corporação está definindo um plano de ação que envolve o uso de aeronaves, reforço no efetivo e estratégias para garantir uma operação célere e discreta. O objetivo é minimizar possíveis tumultos e garantir a segurança durante todo o processo.
Fontes internas da PF revelaram que o planejamento está abrangente e considera “todos os cenários possíveis”. A atenção se volta especialmente para o entorno do condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, no Jardim Botânico, em Brasília. Medidas estão sendo estudadas para evitar manifestações e garantir a ordem pública.
A Polícia Federal também está avaliando aspectos logísticos cruciais, como o tamanho ideal do comboio, as rotas de transporte aéreo mais seguras e os locais apropriados para a custódia do ex-presidente. A decisão sobre a transferência imediata para um presídio federal ou para a Superintendência da PF no Distrito Federal será tomada com base na avaliação da situação no momento da prisão.
Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros estimam que a prisão em regime fechado possa ocorrer até o final de 2025. A expectativa é que, com o avanço dos trâmites judiciais e a diminuta probabilidade de reversão da condenação, o processo seja concluído ainda este ano, culminando na execução da pena imposta a Bolsonaro.
Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto, em decorrência do descumprimento de medidas cautelares impostas em outra investigação. Essa apuração investiga tentativas de coagir o STF e articular, no exterior, estratégias para evitar punições relacionadas à chamada “trama golpista”, o que demonstra a complexidade das acusações que pesam sobre o ex-presidente.



