PF Aprofunda Investigação Sobre Malafaia por Suspeita de Ataques ao STF

A Polícia Federal (PF) avança nas investigações que miram o pastor Silas Malafaia, dois meses após a operação que apreendeu seu celular, documentos e passaporte. A perícia no aparelho reforçou as suspeitas sobre o envolvimento do líder religioso em articulações contra o Supremo Tribunal Federal (STF). A análise dos dados coletados tem sido crucial para o desenvolvimento do inquérito.

De acordo com o relatório da PF, Malafaia é investigado por supostamente integrar um núcleo que coordenou ataques ao STF e buscou apoio internacional, nos Estados Unidos, para a realização de “atos hostis” contra o Brasil. As apurações, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, ocorrem no âmbito do inquérito que apura coação contra a Corte e autoridades públicas.

Além disso, o pastor está proibido de manter contato com Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, que também são investigados no mesmo caso. Segundo o documento da PF, Malafaia teria atuado na “criação, produção e divulgação de ataques a ministros do STF, de forma previamente ajustada, por multicanais, em alto volume e direcionada a parcela do público sob sua influência”.

Na decisão que autorizou a operação, o ministro Alexandre de Moraes destacou que os diálogos obtidos revelam que Silas Malafaia “exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado, que tem por finalidade coagir ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras, com atos de obstrução à Justiça”. A influência do pastor dentro do grupo é um ponto central da investigação.

Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado político de Jair Bolsonaro, nega veementemente as acusações. Ele alega ser vítima de “perseguição religiosa” por parte do ministro Alexandre de Moraes e questiona a legitimidade das investigações.